KING KONG
KING KONG E ANN DARROW
Explicitamente inspirado na estória “A Bela e a Fera” (para o caso de alguém não ter percebido, o diálogo final trata de deixar isso bem claro), King Kong, também conhecido no Brasil por “A Lorinha i u Gurilão”, foi o primeiro filme a discutir a sério relacionamentos interespeciais (entre espécies diferentes), um grande tabu até hoje. Muitas mulheres têm no seu protagonista o modelo ideal de masculinidade – alto, forte, rude, protetor e mudo – o Macho Perfeito (algumas preferem o Godzila, mas não estamos falando das mais radicais). A trágica paixão entre a mina e o mono levou gerações (de humanos (e talvez de outros primatas também?)) às lágrimas, mas deixou uma grande frustração; NENHUMA cena mostrando a concretização zoológica desse desejo simiesco/humanesco. Na versão restaurada existe a cena do Kong rasgando as roupas de Ann Darrow (uma das cenas mais eróticas do cinema), mas param aí, e o prato principal? Que ninguém pense que a diferença de altura seria um impedimento – deve existir um Kong Sutra que ajude nesses casos. Peter Jackson errou feio ao não explorar melhor o erotismo dessa história na refilmagem.
GILDA
JOHNNY E BALLIN
Acho que ninguém duvida que havia alguma coisa grega (e não necessariamente platônica) entre Johnny Farrell e Ballin Mundson. A bengala (!?) fálico-bélica de Ballin é mais rica em metáforas do que meu pobre cérebro pode computar. A obsessão que não ousa dizer o seu nome de Johnny em vingar a (suposta) cornitude de Ballin quando já o tinha por morto, chegando a ponto de recusar a artefinalização do casório, deixa claro havia mais do que suásticas e tungstênio entre os dois. Na verdade, entre os três – esse é um dos triângulos amoroso com mais diálogos inteligentes da história do cinema.
Vejam só este, traduzido por mim:
Johnny Farrell: É isso que você chama de um amigo?
Ballin Mundson: Isso é o que eu chamo de um amigo.
Johnny Farrell: Você deve levar uma vida gay.
Depois desse diálogo, não preciso dizer mais nada...
BELEZA AMERICANA
LESTER E ANGELA
Já este filme NÃO é uma obra-prima. Se não assistiu, não faça questão. Este é o filme mais frustrante da lista, já que a cena de sexo que não existiu QUASE existiu. Lester está prestes a mostrar para Angela como os camundongos conseguiram ocupar toda a superfície do planeta quando de repente descobre que o currículo dela não inclui aulas de multiplicação. Não sabemos exatamente o que acontece na(s) cabeça(s) de Lester, mas suponho que ele se lembrou de aulas de etiqueta que teve na infância, tendo o azar de se lembrar justo daquela que dizia para nunca ser o primeiro a comer o primeiro doce quando estivesse em uma festa. Tomado de um insano acesso de gentileza, ele resolve deixar a honra da exploração de mares desconhecidos para outro aventureiro, e recolhe o mastro quando a caravela já estava quase partindo, um ato de engenharia marítima sempre muito desagradável e frustrante.
Em minha opinião, o que faltou a Lester para ter se comportado como um homem normal foi mais algumas aulas de Darwinismo quando estava no colégio. Se todos os homens se comportassem como ele, a espécie humana já teria acabado há muito tempo devido à um processo de Desseleção Antinatural. Lembrando das aulas de etiqueta, se ninguém começar a comer, toda a comida vai acabar no lixo e todos os convidados vão morrer de fome. Pelo menos Lester foi punido no final; acabou morrendo com um tiro na cabeça, mostrando que não se peca contra a masculinidade humana impunemente.
Um lixo de filme, mas que pelo menos traz uma mensagem positiva no final:
ALIEN E RIPLEY
Também chamado de “Alien ao Cubo”, “Alien Cúbico” ou “O Planeta dos Bandidos Carecas” O alien sempre foi um dos representantes máximos do erotismo alienígena. Ele se reproduz colocando ovos em humanos que se tornam filhotes que saem do corpo do hospedeiro – em outras palavras, o mesmo que nossos pais fizeram com nossas mães. Alien, o maior pred(peg)ador do Universo... Ripley não teve nenhuma chance contra aquela linguona lasciva. Pena que não pudemos ver o acasalamento, mas uma coisa é certa: não foi o boto. A lambida da criatura em Ripley deixa o público indócil e nos faz pensar que, se aquilo não é tensão sexual, então nada é. Mesmo com a falta que a cena ausente faz, esse filme continua sendo um pequeno clássico do erotismo monstrogótico.
KILL BIL: VOL. II
BEATRIX E PAI MEI
Claro que o treinamento de Beatrix não se limitou ao golpe dos cinco punhos. A agilidade do Ancião do Mal, Pai Mei, não devia se restringir a golpes mortais, mas também se estender a manipulações mais agradáveis para o paciente. Quando ele diz: esse braço é meu! (falando do dela) ficamos imaginando o que ele vai fazer com ele – as possibilidades são praticamente infinitas. Gafanhoto assado, Garça perneta, e outros mistérios orientais. Como disse Beatrix ao terminar o treinamento: “Isso é que é melhor idade”
FIM DA PRIMEIRA PARTE
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